quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Direitos (Por Direito)

Eu tenho o direito de pedir o que eu quero.
Eu tenho o direito de dizer “não” a pedidos e exigências que eu não posso atender.
Eu tenho o direito a expressar todos os meus sentimentos - positivos e negativos.
Eu tenho o direito a mudar de opinião.
Eu tenho o direito de cometer erros e de não ser perfeito.
Eu tenho o direito de seguir os meus valores e crenças.
Eu tenho o direito de dizer “não” a tudo aquilo que eu não me sinta em condições de realizar, que seja pouco seguro ou que entre em conflito com os meus valores.
Eu tenho o direito de determinar as minhas prioridades.
Eu tenho o direito de não me sentir responsável pelas acções, sentimentos ou comportamentos dos outros.
Eu tenho o direito de esperar honestidade dos outros.
Eu tenho o direito de estar zangado com alguém que eu amo.
Eu tenho o direito a ser eu próprio e a ser único.
Eu tenho o direito de expressar medo.
Eu tenho o direito de dizer: “Eu não sei”.
Eu tenho o direito de não dar desculpas e justificações para o meu comportamento.
Eu tenho direito ao meu espaço e tempo.
Eu tenho o direito a ser brincalhão.
Eu tenho o direito de ser mais saudável do que aqueles ao meu redor.
Eu tenho o direito de sentir-me seguro e de viver num ambiente protegido.
Eu tenho direito a fazer amigos e a sentir-me confortável quando estou com os outros.
Eu tenho direito de mudar e de crescer.
Eu tenho o direito que os outros respeitem as minhas necessidades
Eu tenho o direito de ser tratado com dignidade e respeito.
Eu tenho o direito a ser feliz.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Parar...de vez em quando

Ultimamente apenas se ouve falar em política (as eleições no próximo Domingo), e em futebol (no clássico entre o FCP e o Sporting no próximo Sábado). Dois dos assuntos “proibidos” para discussão entre os comuns dos mortais estão na ordem do dia, tanto na comunicação social, como na boca do povo, alimentado debates nas mesas de café e bancos de jardim. Por isso, hoje neste blogue, vou completar a trilogia dos temas “indiscutíveis” falando, nada mais nada menos, de Religião. Não vou aqui fazer uma análise exaustiva em relação aos princípios, ás doutrinas e práticas que as religiões mais “normais” usam. Não. Vou apenas contar uma pequena história que aconteceu comigo há apenas alguns dias.
Quando as vi á porta do prédio, de pasta numa mão e um pequeno livro colorido na outra, olhando para mim com um sorriso largo e um pouco tenso nos lábios através do vidro transparente da entrada do prédio, vi logo que iria ser “travado” á porta. Testemunhas de Jeová. Profetas dos tempos modernos. Acelerei o passo, fingindo urgência e pressa, mas, já treinadas a reconhecer esse tipo de comportamento, as duas mulheres não se deixaram enganar. Parei. Estava encurralado.
“Desculpem…mas estou com um pouco de pressa…” Disse
“São apenas cinco minutinhos” respondeu a mais velha com uma voz meiga e sorriso simpático.
“Não me parece que cinco minutos sejam suficientes para me “venderem” uma religião nova, por isso é melhor ficar para a próxima” Respondi meio a brincar.
Apressei o passo em direcção ao carro que estava estacionado mesmo em frente do prédio e, enquanto o ligava, um sentimento mau invadiu-me o espírito. Estupidez. Eu fui um perfeito estúpido. As simpáticas senhoras apenas me pediram cinco minutos do meu "dispensável" tempo, que poderiam perfeitamente ser dez, apenas para me passarem a sua mensagem, as suas convicções. Por que não? Por que não ouvir? Porquê não dar uma oportunidade a alguém que quer apenas manifestar a sua fé? Não é isso que fazemos todos os dias? Nas conversas entre amigos, no trabalho, na família, no mundo? Em tudo o que fazemos e dizemos, o que estamos realmente a fazer senão dar um pouco mais de nós, as nossas ideias, as nossas certezas e convicções? Não seremos todos nós “vendedores de sonhos”? Vendedores de "visões" do mundo e de "verdades irrefutáveis"? Vendedores das nossas criações?



Não sou uma pessoa de convicções religiosas. Mas, de vez em quando reconheço que devia parar, nem que fosse apenas por cinco minutos para ouvir. Ouvir, para depois saber escolher, reforçar uma fé antiga ou então mudar. Uma coisa eu tenho a certeza. ELE existe. Apenas não sei o seu nome. Reconheço-o apenas por Pai.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Click

Para quase tudo o que fazemos existe um click. Queremos luz, click, televisão, click, rádio, click, lume, click, e por aí fora. É assim, a evolução faz com que não precisemos de nos esforçar muito para ter-mos aquilo que queremos. Sim, porque hoje em dia a população anda muito cansada. O que seria de nós sem esse poderosos clicks que nos abrem as portas de quase tudo? O que seria de nós se tivessemos de repente começar a fazer o trabalho dessas teclas silenciosas? Não quero nem pensar... Bem, só vejo um beneficio dos exemplos que enumerei. O lume. Se cada vez que quisesse acender em cigarro tivesse que esfregar um pau contra o outro, certamente que deixaria de fumar! Mas existem clicks mesmo imprescendiveis, por exemplo: Agora não é preciso sair de casa para fazer compras! Vejam só! Existe um tipo que vem a nossa casa entregar as compras que fizemos através do computador! Que clicks tão poderosos! Que maravilha! Ah se eu pudesse trabalhar dentro de casa, ouvir tudo e todos pelo click de telemovel... mais um click, e poderia ver o mundo no ecrã do PC, o esforço que eu não poupava...o conforto que eu podia ter... a qualidade de vida ali, á distância de um...Click.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Corpo e Mente

Falamos do nosso corpo como se ele fosse algo exterior a nós, algo que possuímos e controlamos como um objecto. "A minha perna, o meu peito, a minha cabeça..." Aquilo que vemos reflectido no espelho é apenas a imagem dos nossos "pertences"? É "aquilo" que somos ou, é "aquilo" que temos? Não sei. Sei que mesmo parado a dormir, o meu corpo assume a responsabilidade dos seus actos, deixando-me de parte com os meus sonhos. Ele é que comanda o cérebro, o coração, os pulmões, e muitos outros orgãos que eu nem sequer sei que tenho, durante o sono. Enquanto isso "eu" estou numa outra cidade do outro lado do mundo, a voar... A nossa relação com o nosso corpo é, quanto a mim, impessoal. Não sabemos nada sobre ele, a não ser claro, que tenhamos conhecimentos aprofundados de anatomia humana. Ele fala muito pouco connosco : "Tenho fome, sede, tenho sono..." e pouco mais. Ele guarda segredo em relação a tudo aquilo que eu não consigo ver ou sentir nele. Não me ajuda a ajudá-lo quando precisa... Acho muito injusto da parte dele. Afinal, eu trato-o bem e muitas vezes chego a ceder aos seus caprichos e desejos, sem fazer muitas perguntas e reservas.... É uma inconsideração! Até parece que não vivemos juntos há 29 anos...