terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Exagero, ou Não?


O ser humano tem, invariavelmente, uma enorme tendência para o exagero. Falo, neste caso, da enorme propensão que temos para pintar a má sorte de uma cor mais negra daquela que, na realidade, ela é. É quase um vício, tornando-se para muito boa gente, um estilo de vida.
Pergunto-me: É porque gostam que sintam pena de vós? Será que necessitam mesmo que a demonstração de afecto de alguém vos seja dirigida através desse sentimento tão triste, tão desgostoso? Pena? Olhem…Façam-me um favor e, já agora, um também a “vocês” próprios: Acordem para a Vida e olhem á vossa volta! Olhem para o Mundo com olhos de sentir, e vejam a sorte a que muitos e muitos foram entregues! Sim, para milhares e milhares de seres humanos como vós, de carne e osso como vós, com sonhos como vós, com desejos como vós, que foram largados à má sorte, à desgraça, à tragédia. Isto sim é que é um exagero, "o exagero", e fundado em verdade, na triste e revoltante verdade. Isto, meus caros, é uma realidade, e para estes desafortunados, um estilo de vida diário e incessante, uma verdade que lhes rasga a pele e lhes colhe o sangue sem piedade, sem consciência, levando-os a lamentar todos os dias o dia em que vieram a este mundo!
Eu sei que cada um vive e sente á proporção daquilo que a vida lhe oferece, mas, caramba! Parem de se lamentar com o motor do vosso Mercedes que pifou, e com as férias no México que afinal não vão conseguir gozar por falta de dinheiro!

É altura de reavaliarmos a Vida, de reavaliarmos prioridades e Valores Humanos, de parar de olhar apenas para o nosso umbigo e para as quatro paredes do nosso pequeno mundo!
Todos temos problemas, é um facto. Todos temos o direito de reclamar deles, também é outro facto. Agora….quando reclamarem da vida, façam-no quando ela se comportar como uma madrasta de chicote na mão, e não quando ela vos roubar o rebuçado da boca.

Morrer na Praia


Se tivesse que apontar num sentido, sentido esse para onde eu penso que se encaminha a minha vida, e com ela os meus planos em conjunto, os meus projectos pessoais e profissionais, eu diria: “Pá frente”. Eu sei, é uma resposta assim para o vaga, para o inconclusiva, assim para o “ficamos a saber o mesmo”, mas é o que é, e não há volta a dar. O erro, quanto a mim, é a confusão que se cria entre o “projectar” e o “adivinhar”, entre o “ser” e o “querer ser”.

Quantos de nós já não atravessou oceanos inteiros a nado, não desbravou com coragem uma montanha de gelo, esfolando os pés e as mãos e até perdeu as unhas para tentar chegar “ali”, àquele tão desejado “concretizar de um sonho”, mas, e por qualquer motivo, não conseguiu? Quantos? Sim, eu sei… apesar dos nossos sacrifícios, a vida nem sempre nos presenteia com aquilo que imaginamos como sendo justo como recompensa pela determinação, pela luta e pela perseverança…
Sim, também eu luto, também eu sonho, também eu já “morri na praia” tantas, mas tantas vezes…e elas, essa praias, quer queiramos quer não, estarão sempre “ali”, ocupando o lugar de muitas das nossas metas “imaginárias”…

Sabem o que eu costumo fazer nessas “praias”?


― Dou sempre um mergulho…. E sabe tão bem….

sábado, 26 de dezembro de 2009

Fim dos Tempos


Como sabem, a Profecia Maia prevê que, a 21 de Dezembro de 2012 o nosso planeta sofrerá uma alteração a nível global. Essa alteração, dizem, irá acabar com grande parte da vida terrestre, levando o planeta a mais uma extinção em massa das principais formas de vida, daí esta “ideia”, esta previsão, ser encarada por muitos como “O Fim dos Tempos” ou “O Fim do Mundo”.


Se por um segundo, por um segundo apenas admitíssemos que tudo isto é verdade, que realmente o fim do mundo está aí á porta, pergunto-me: O que é que ”nós” faríamos hoje? Que providências tomaríamos hoje? E amanhã? Como seria encarado o dia de amanhã? Como iríamos viver estes restantes dois anos? Com medo? Á espera de braços cruzados, ou faríamos festas todos os dias? Passaríamos todo esse tempo a gozar ou a lamentar? O que é que tu farias? O que é que o Mundo faria?

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Bom Natal! OH OH OH!!!


Pois é...
Ele está aí, o Natal, e com ele a Alegria, a União, a Solidariedade. Faço votos que todos vós O Vivam intensamente, com muito Amor e Amizade.
Quanto a mim, vou tentar ser como sempre sou nesta Quadra...Uma criança alegre e aos "pinchos" pela casa toda!

Bom Natal, meus Amigos!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Dinheiro


Não vou mentir. Sim, eu gosto de dinheiro, e, já agora, quem é que não gosta? Se eu sou materialista? Sim, talvez um pouco, mas não exagerado. Bem, para falar a verdade, não é do dinheiro que eu realmente gosto; Em boa verdade, o que eu gosto mesmo é de ter coisas boas. Porquê, é pecado querer viver bem? Será condenável a ideia de querer proporcionar conforto às pessoas que amamos, e desfrutar com elas momentos em locais que só e apenas através de mais uns “trocos” os poderia vivenciar? Não sei. O que é que acham? Ok: “O dinheiro não traz felicidade”. Porque não? Será que quanto mais ele for na carteira, mais pequeno será o coração? Será que o dinheiro tem o poder de nos diminuir enquanto seres de emoções, e de matar os “reais e puros valores”? Não, não penso isso. Estou convicto que o excesso de dinheiro no bolso de alguém tem um efeito diferente. Acho que ele tem um efeito libertador, sim, Libertador. Na minha opinião, a riqueza não muda personalidades, apenas as liberta das amarras que as prendiam ás obrigações diárias, que as ajustava numa resignada forma de ser e de estar, de interagir. Com dinheiro, muito dinheiro, tudo muda, pois deixa de existir a necessidade de representar uma personagem que era moldada pelas regras e pelas vontades de outros “alguéns”. Sim, com dinheiro suficiente, com ele vem o poder de escrever novas regras para quase tudo na vida e, finalmente, a liberdade total, pois deixa-se de estar preso á necessidade de um dia vir a precisar “daquela mão”. O dinheiro tudo compra, até o amor incondicional. Com ele na carteira, é o fim da representação para quase tudo, para quase todos. Podemos dar lugar ao nosso “eu quero, posso e mando”, á nossa arrogância escondida e esquecida durante tanto tempo, ao nosso egocentrismo, á nossa excentricidade desmedida e irracional, á nossa crueldade para quem está no “fundo da pirâmide”, ao nosso enclausuramento por muralhas de ouro, sem ninguém a ter que dar desculpas e justificações…
Infelizmente, o dinheiro não muda as pessoas, ele apenas revela o ser desejoso e sedento de poder que muitos de nós, sem sequer o sabermos, somos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Terapia


Sou um fã de Psicologia. O comportamento humano intriga-me. O saber interpretar emoções e comportamentos com base em informações, muitas delas aparentemente irrelevantes é, quanto a mim, um Dom, uma capacidade inata do ser humano que a pratica. Claro que, a base científica tem que existir, mas, na minha opinião que não é expert no assunto, a capacidade de “leitura” de uma pessoa, a capacidade de “cruzamento de dados”, “dados” esses muitas vezes desenterrados de um passado distante, mas que vêm “justificar” causas presentes, é uma competência de alguém com uma visão mais ampla, de alguém que sente o mundo com uma sensibilidade mais apurada, de alguém cuja emoção é “utilizada” para um melhor entendimento dos “cenários envolventes”.
Enquanto viajo pelos mais diversos blogues, é impressionante, ou melhor, é fascinante o número de pessoas que vou lendo que têm “uma visão”, uma “análise pormenorizada” do comportamento humano. De alguma forma esta constatação cria em mim um sentimento bilateral, porque deixa-me contente e triste de igual modo. É realmente bom saber que tanta, mas tanta gente tem essa “visão ampla” que atribuo aos psicólogos e aos sociólogos, e que por aqui, nesta imensa blogosfera, vão expondo as suas “teses”, as suas “respostas equilibradas” ao nosso “desequilibrado mundo”. Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de pensar que a grande maioria neste universo de “bloguistas” não falam muito dos seus próprios assuntos que por aqui vão sendo publicados, nas animadas ou "problemáticas" conversas de amigos. Sim... não, não exploram as possibilidades das suas próprias ideias, e não põe em prática muitas das suas próprias teorias e “soluções”. Infelizmente não são honestos para com as suas próprias palavras, com as suas “saídas”. E porquê? Não sei. A sério que não sei… O que sei é que ninguém, ou quase ninguém expõe uma ideia por palavras escritas se, na realidade, não sabe como “a” pensar, não sabe como “a” sentir. Por isso, e assim em jeito de terapia, proponho o seguinte: Releiam os vossos textos as vezes que acharem necessárias, porque é nas vossas palavras, nas vossas reflexões, nas vossas “parvoíces” que encontram muitas das respostas às vossas próprias perguntas, muitas teorias para as vossas próprias emoções “descontroladas”, muitos devaneios que justificam os “nossos” comportamentos desalinhados…

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Livros


Às vezes esquecemos de lembrar que, antes do aparecimento do Homem á face da Terra, a vida já existia há milhões de anos. Este planeta nem sempre foi nosso, como gostamos de imaginar que sempre o foi. Para que pudéssemos “nascer”, o Mundo teve que tomar uma série de providências, sendo uma delas muito importante. Falo, neste caso, da exterminação em massa a que foram sujeitos os nossos antigos habitantes. Sim, refiro-me aos dinossauros. Durante a sua longa permanência no planeta, estes animais eram regidos por uma lei, e uma lei apenas. A da Sobrevivência. Tudo o resto "auto-equilibrava-se" e "auto-recalibrava-se" e, mesmo no caos da "luta", a harmonia era uma constante, porque as "regras do jogo" não eram questionadas, não eram racionalizadas, apenas sentidas nos instintos que os moviam. Ao fim de milhares de anos, esses "irracionais" tiveram que desaparecer da face do globo, para que, também nós, tivéssemos a oportunidade da existência. Com o aparecimento do Homem, a seu tempo, novas e diferentes regras foram criadas para que todos pudessem viver em sociedade, ou melhor, para que todos pudessem viver segundo as bases e os princípios da “sua” comunidade. Surgiu então a divisão do mundo e das pessoas por línguas, por países, por cidades, por sociedades, por clãs, por tribos, e, talvez uma das principais, por religiões. O "Deus" passou também Ele a ser dividido por nomes, por formas, por princípios, por doutrinas. Livros foram criados pela mão do Homem, todos eles contendo a Sua Palavra como sendo “a verdadeira”, como se, de alguma forma, todas as suas folhas tivessem sido colhidas miraculosamente de uma árvore com todos os seus caracteres impressos a tinta. Sim, todos eles falam da “Sua” Vontade, todos eles se referem á Bondade e á Maldade, ao Paraíso e ao Inferno. Regras nas suas linhas foram estampadas para que pudéssemos segui-las, obedecê-las, temê-las, respeitá-las mesmo sem as entender de facto. Ao longo do tempo, muito foi alterado nessas folhas que nos guiam e, mais uma vez, a “Sua Mão” de “diferentes dedos” desceu dos céus, para escrever a "Nova Vontade" em diferentes folhas de diferentes livros, proclamando novas verdades, novos castigos, recompensas…
Quanto a mim, dispenso todos eles. Respeito-os sim, e reconheço até que algumas dessas “lições” desses muitos livros possam ter o seu valor, a sua importância enquanto “ilustração” de valores morais. Aquilo que eu penso, aquilo que eu sinto, se querem mesmo que vos diga, é que, em todas as situações da Vida (e reparem que me refiro a todas), apenas um valor deve ser levado para “todo o lado”.
Falo de Amor. O Amor a nós próprios, e o Amor ao próximo. Acredito que nada mais faz falta, porque este sentimento tem várias “faces”, diferentes “ramificações”, e é demonstrado sobre várias formas…
Se todos nós seguíssemos este “simples principio”, o Mundo certamente seria mais unido, indivisível mesmo nas suas diferenças…

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sinais


Estou convicto que todos o sentem, mas nem todos o sabem. E é claro que muitos de nós o negam mesmo quando são confrontados com evidências, mesmo quando elas nos são reveladas através de uma imagem difusa. Quando os olhos não vêm, “elas” são camufladas pela ideia da sorte, e depois descartadas pelo cepticismo, pela descrença.
Todos nós, quer queiramos ou não, estamos constantemente a ser bombardeados por energias. Muitas dessas energias são positivas, energias essas que nos transmitem sensações de bem-estar, de positividade naquilo que se investe, seja a nível profissional ou pessoal. Essas energias funcionam como correntes, as tais “correntes positivas”, as tais “boas ondas”. Estas “ondas positivas” são facilmente transmitidas de pessoa para pessoa, bastando para isso, haver um simples e “inofensivo” contacto entre elas. Essa transmissão poderá ocorrer num simples aperto de mão, através de um simples contacto visual, ou pelo simples facto de os “intervenientes se encontrarem no mesmo local. Estas energias normalmente “passam” de uma forma natural, inconsciente, não propositada, porque são inocentes e puras na sua essência.
Claro que, assim como tudo que existe no mundo, o oposto desta energia também existe, também ela é transmissível, também ela tem a sua intenção. Estas forças negativas têm muita força, na sua maioria até mais do que as suas opostas porque, muitas vezes, elas são intencionais, são “dirigidas” com o intuito de provocar um efeito, uma consequência, negativa claro.
Infelizmente, os nossos inocentes e “cegos” olhos não estão preparados para “ver” estas “correntes”, estas “forças”. Mas se parar-mos para sentir, sim, para “olhar com a alma”, muito nos será revelado através das vozes que nos acompanham sempre, sim falo das vozes dos nossos protectores, dos nossos guias, dos nossos mestres. Eles vivem no nosso mundo, sim claro que invisíveis, mas sempre presentes, sempre constantes, existindo apenas com a missão de nos ajudar a caminhar, a alcançar as nossas metas.
Eles, através de muito esforço, recorrem a sinais, sim a sinais perceptíveis pelo nosso corpo, visíveis pelos nossos “débeis” olhos, para nos desviarmos “dali” e para seguir antes por “aqui”, para “fugir” daquele “contacto” porque ele não nos “traz” nada de bom. Eles sabem de onde vem o perigo, e lutam com ele, mas nem sempre ganham…

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Enfim...Mulheres!


Os homens, na sua infinita inteligência, são capazes de fazer tudo, de entender tudo, ou melhor, quase tudo. E quando digo “homens”, sim, estou a falar daquela espécie humanóide em que lhe nasce pêlo na cara e no peito, (só para não haver confusões). Cada vez mais, me convenço que, dentro de cada um de nós, existe um pequeno Mackyver, sim, um pequeno inventor sempre pronto para criar qualquer coisa, sempre pronto a dar resposta a qualquer problema, a qualquer desafio. Tenho a certeza que, se na altura da maternidade o médico responsável pelo nosso nascimento nos perguntasse o que queríamos como prenda de “chegada”, certamente que, muito de nós, se pudéssemos falar (claro), lhe pediria um canivete e algumas tábuas para construir o nosso próprio berço. É! Somos assim! Durante a História da Humanidade, os homens destacaram-se em áreas muito distintas, tais como a engenharia mecânica, a engenharia espacial, a arquitectura, as comunicações, as áreas energéticas, e por aí fora. Sim, é indiscutível o facto de que, realmente temos uma capacidade inata de compreensão, de interpretação dos elementos e o que fazer com eles. A nossa capacidade de observação é muitíssimo astuta, e a facilidade com que damos respostas, tem como base essa excelente capacidade de entendimento dos factores envolvidos. Posto isto, e para não dar a entender que sou um defensor da minha espécie, como sendo ela a mais inteligente, e como consequência, a principal responsável pelo desenvolvimento global, deixem-me fazer a seguinte observação: Porque será que os homens, na sua infinita habilidade, na sua ampla visão na compreensão do mundo, na sua extrema competência em resolução de problemas, não consegue, ou melhor, não tem a capacidade de entender o maior mistério de todos os tempos? Sim, os homens sabem do que estou a falar! Sim, claro que falo das Mulheres! Acredito que não exista um único homem á face da Terra que consiga desvendar os seus mistérios, e isso deve-se ao facto de, quanto a mim, Elas nos “confundirem” por duas frentes, impossibilitando-nos, dessa forma, de as observar com clareza, com objectividade: É que além de elas serem muitíssimo complicadas, são também de uma complexidade extremamente complexa, e quando "nós" pensamos que "descomplicamos" a "tal situação", a complexidade complexa delas entra em acção....Ok...perdi-me agora... E, já agora, porque será que todas elas, com uma facilidade tremenda, há que dizê-lo, conseguem sempre nos tirar a “pinta” toda?
Enfim…Mulheres!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Hoje Afinal...é Natal


Sim, chegou o Natal. Chegaram as luzes a piscar e as músicas que todos adoramos ouvir, mas que, ao fim de algum tempo, chateia. Chegou também a altura de dar presentes, e de sermos melhores pessoas pelo facto de o fazermos. Para mais do que muitos, o tal acto de “dar de boa vontade”, de ajudar o próximo numa rua, de melhorar, nem que seja com um pequeno gesto, o dia triste e miserável de alguém, sim porque “hoje” é “esse dia” em que somos “obrigados” a dar de coração sem esperar nada em troca, é, quanto a mim, para essa grande maioria de muitos, nada mais que um acto egoísta, um acto de vaidade, um acto de redenção. Fazem-no apenas para serem vistos a fazê-lo, para, pelo menos “hoje”, serem motivo de orgulho, para se olharem ao espelho e sorrirem de auto-reconhecimento, para se perdoarem a eles próprios, para sentirem que “eu fui dos que deu…dos que ajudou. Sou boa pessoa, ou não?”. É…sentem que juntaram mais pontos á caderneta, e agora sim, estão mais próximos de Deus e da sua infinita bondade. Dezembro é aquele mês em que somos todos obrigados pelo (X) do calendário a compreender que, afinal, somos todos humanos em todas as nossas diferenças, e que, o acto de “dar” deve ser feito para diminuir essas distâncias, esses abismos que nos separam. Aí, é ver-nos nas ruas a oferecer o troco do café ao ceguinho, e a desejar-lhe um feliz Natal; No hiper-mercado, a comprar um saco de arroz para o banco alimentar, e imaginar que pelo menos cinco crianças não irão morrer á fome porque “eu fiz um gesto nobre”; A doar a roupa velha que passou de moda, em comparação á última colecção de Primavera/Verão, mas que agora é perfeita para aquecer alguém numa noite de frio; E, claro, retirar da montanha de brinquedos do puto aquele peluche que ele já não liga nenhum, para fazer uma outra criança do outro lado do mundo feliz. Sim…somos todos uns bondosos, uns “mãos largas”. Neste mês, a bondade é contagiante, chegando até aos órgãos de comunicação social. Fico mesmo contente por alguns programas de entretenimento televisivo, se transformarem, assim do pé pá mão, em verdadeiras instituições de ajuda social, dando a oportunidade às pessoas e ás empresas, de serem uns verdadeiros heróis, sim…de serem de facto uns verdadeiros seres humanos, ao doarem o dinheiro necessário para ajudar a Sra. Maria a comprar a tal cadeira de rodas para o seu filho que ficou paraplégico no mês de Fevereiro passado. Sim, chegou a hora de dar, de ajudar, de sermos bons, de sermos compreensivos, sim, porque no (X) do calendário, “hoje” afinal é Natal…

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sonho de Criança...


Quando tinha cerca de dezasseis anos, fui viver com o meu avô para, pouco tempo depois, passar a viver sozinho. Mesmo afastado de casa, tinha algum contacto com os meus pais e, embora eles estivessem divorciados, sabia o que continuava a acontecer nas suas vidas. Habituei-me desde cedo a viver só, á minha independência, ao meu sofrer sozinho, ao meu rir sozinho, á minha luta pelas minhas coisas. Consegui muita coisa, inclusive crescer enquanto homem… mas, aquela criança que não viveu o suficiente dentro de mim, continuava a reclamar… (continua a reclamar), a viver sonhos e desejos que não podem e nem devem ser concretizados. Mas, mesmo assim, e porque é Natal, este é um deles.
Contrariamente aos anos anteriores, este ano tenho apenas um desejo. Gostaria de ver a minha família junta, unida na mesa de Natal. Por apenas um dia, desejava ver os meus pais juntos á cabeceira da mesa, a falar, a rir um com o outro, como o faziam quando eu era pequeno. Sim, é esse o meu desejo… vê-los ali, lado a lado, companheiros, como os “meus pais” de quando eu era criança. Era muito feliz nessa altura em que eles se amavam, em que éramos uma família humilde sem grandes prendas para trocar…Sim, é esse o meu desejo…ter a minha família de volta apenas por um dia. Sim…um sonho de criança.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tudo Por Uma SMS...

Para ver e reflectir...

Há mensagens que necessitam mesmo de serem entendidas, nem que para isso as precisemos de "viver" no pequeno ecrã...

Percam 4 minutos, e tirem as vossas conclusões

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Deserto Que Nunca Vi


Será que é possível sentir saudades de algo que nunca se viu com os próprios olhos? De um lugar que nunca se tocou com as próprias pontas dos dedos? Pois é…eu sinto. Sinto saudades do deserto. Sinto saudades da paz do “só”, do caminhar sem aquele destino previsto, porque no deserto todos os caminhos nos levam ao mesmo de sempre, ao mesmo “nada”, ao confortável sossego da solidão. Sinto falta de lá estar sozinho a olhar o seu imenso horizonte, de me sentir como apenas uma das suas milhentas areias por ali espalhadas sem intenção, insignificante para o resto do mundo. Ah, que saudades eu sinto de correr e de me perder pelas dunas, sem me dar conta da minha própria presença, sem precisar de sentir a minha falta na minha própria vida. Recordo-me com saudade do seu interminável silêncio de vozes, do seu chão igual em todos os seus lugares, sem estradas e caminhos certos a apontar direcções, sem obrigações de paragens e arranques, sem regras ditadas pelas bocas, sem ambições além da sobrevivência...
Preciso de me encontrar, e para isso necessito de me perder.
Quero lá voltar, por uma horas, por uns dias, não sei.........

Apenas sei que tenho saudades do Deserto que nunca vi…

What Dreams May Come

Aconselho-vos vivamente a ver este filme. Ele dá-nos uma perspectiva da vida que, muitas vezes, nos esquecemos de ter. Numa opinião pessoal, todos nós deveriamos ter uma consciência "consciente" da existência da morte, pois assim, a vida seria muito mais valorizada, muito mais vivida. Este filme, protagonizado por Robin Williams, fala-nos da vida e da morte, de esperança, de luta pelos sonhos, mesmo depois do Fim...