sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Já Não Há Canções De Amor


Já não há canções de amor, sim daquelas que como dizia o Rui Veloso, havia antigamente. Ficaram-se no tempo, lembradas apenas nas eternas recordações de outrora, nas paixões perdidas e conquistadas de um passado que já lá vai. Hoje já não se vê a lágrima de quem chora a ouvir, de quem sofra a cada palavra da melodia, de quem se emocione a cada nota do som de uma viola, de quem se arrepie á passagem por aquele acorde que nos falava directo ao coração, fazendo-nos viajar num sonho entre o passado e o futuro assim numa fracção de tempo no “compasso”. Tudo isso se foi, tudo isso ficou lá atrás, viajando apenas de quando em vez para esta “estação” quando a memória o pede, quando a alma se aperta naquela saudade que ainda hoje nos faz viver, nos faz sonhar, nos faz sentir....
Sim, já não há canções de amor como havia antigamente.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Estar de Chuva


-Um destes dias vou mesmo fazer aquilo, acreditem que vou. Desta é para valer, e não há nada que me vá fazer mudar de ideias, vocês esperem só para ver. Deixem só passar a chuva e estes ventos fortes que me fazem mal, e aí é que é. Claro que com muito Sol também não dá lá muito jeito porque, verdade seja dita, não me dou bem com o calor, e a exposição solar é, nos dias que correm, muitissimo perigoso! O ideal é mesmo fazê-lo com o tempo ameno, primaveril, mas claro que, e isto é importante, sem flores, porque a essas tenho alergia, e depois há o tal do pólen que anda sempre no ar e em todo lado. Não, assim não dá... Mas ai que não faço! Esperem só! Deixem-me cá ver quando... Ah! Talvez quando o tempo estiver assim a “meio pau”, já com as flores secas e o ar limpo, aí é perfeito. Mas...esperem... Bem, limpo limpo nunca está, porque com a queda das folhas das arvores e coisa e tal, o ar apresenta-se sempre mais empoeirado, coisa que me faz muito mal aos pulmões, e para jogar pelo seguro, é melhor ficar para outra altura.
(Cerca de trezentos e sessenta e cinco cabelos brancos depois...)
-Que vou fazer, ai isso é que vou! E vai ser um dia destes, desde que não esteja de chuva e de vento, claro. Sou muito dado a gripes e agora não me dá jeito ficar doente. Mas, mais lá para a frente sim, vou mesmo fazê-lo! Preciso é claro de ter cuidado com o calor e com a exposição solar. O cancro da pele afinal é a doença da moda, e, sejamos francos, fazer de noite também não dá, porque de noite está sempre escuro. Eh pá, que chatice! Mas não que não o faço! Lá para Maio... É isso! Vai ser em Maio! É preciso é que as flores não cresçam porque as alergias atiram-me por terra, e desde que no ramos das árvores não crescam folhas, porque -não sei se já vos disse que quando elas caem dos ramos fazem uma poeira no ar completamente insuportavel- assim meus amigos não dá para fazer nada. Mas se é para fazer, é para fazer! Um destes dias é mesmo para valer, é como vos digo! Não pode é estar de chuva...
(Que me dizem, já chega de andar á roda?)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sono De Anjo



Enquanto a vejo dormir deitada aqui do meu lado, esta sensação, este sentimento que não se consegue pensar, apenas sentir, completa-me, acalma-me, porque sei que hoje tenho tudo, absolutamente tudo... o Amor D´ela .
As suas feições ternas, meigas, de menina e de mulher ao mesmo tempo, escondem nos seus finos traço a lutadora, a guerreira, a mulher que persegue a vida e trava guerras em nome da felicidade....

Agora está em paz no seu sono, as batalhas de hoje foram ganhas, mesmo as perdidas...
Imagino agora os seus sonhos... O que vê ela neste momento? O que estará ela agora a viver, a sentir com os dedos e os olhos da sua alma?

Paz...sinto imensa paz no coração, porque um anjo sonha a meu lado, vive a meu lado, e Ela é tudo...

Bons Sonhos

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Muito Bem Disposto!


Hoje, contrariamente á grande maioria das vezes, estou mesmo muito chateado com o facto de estar doente. Passo desde já a explicar: Já não bastando o facto da minha linda, melódica, profunda, suave, vá lá....perfeita voz -para serer mais exacto- estar “aprisionada” na garganta por uma odiosa infecção, também os meus lindos, apurados, sensíveis, vá lá.....esbeltos ouvidos -diga-se de passagem- lembraram-se de fazer tudo, sim rigorosamente tudo menos aquilo que lhes realmente compete: Ouvir; coisa que, confesso, adoro fazer principalmente quando falo (risos). Ah...e sim, é obvio que estou a brincar! Dêem-me um desconto, afinal estou de cama há dois dias! Mas, se querem mesmo que vos diga, o que me entristece mais no meio e no fim disto tudo é o meu aspecto; aspecto esse que -e reparem, não sou eu que o digo mas sim milhares e milhares de pessoas- é simplesmente perfeito, mas que por causa deste estado “gripado” está assim um bocado para...bem, como dizê-lo...está assim um bocado para o “vagabundo”; com o devido respeito para com os sem abrigo, claro. Mas sim, pareço um coitadito. Barba grande, despenteado, uma meia de cada côr -coisa que reparei há 10 min-, uma suspeita irritação cutânea abaixo do nariz, fazem agora de mim uma figura estranha e sem brilho no reflexo do espelho, mas -e acreditem quando vos digo que não imagino porquê- muito, muito bem disposto!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Compram-se Segundos A Bom Preço



Visto que muitos de vocês, eu inclusive, se dão ao luxo de não usarem, pelo menos de uma forma “rentável” e “saudável”, esses pequenos segundos de tempo que vos vão sobrando na carteira ao longo do dia, assim a jeito de trocados de um cêntimo que parecem não ter força para comprar algo de jeito e por isso são gastos em goluseimas de 2ª, eu compro-os.
Esta coisa de não ter tempo para ter tempo, é muito complicada, não acham? Pois é o que vos digo. Se os têm a mais, esses trocados quero eu dizer, fazemos negócio se os quiserem vender a bom preço. Mas se não estão para aí virados, aqui vai uma ideia assim a título de conselho: Não o poupem porque ele é um "bem" perecível e morre quando não é "consumido", e, não menos importante, não o gastem em “porcarias” que vos podem fazer mal á "barriga"...
A verdade é que não nos importamos muito com o facto de dar apenas mais “um minutinho” áquele chato que não gostamos, ou então perder só “um segundinho” com a “conspiração” do dia que não nos interessa e não nos diz respeito, concordam? E é nesta constante troca de tempo por trocados que vamos gastando as “moedinhas” que não nos fazem peso na sacola do Tempo, pelo menos para já, pelo menos por hoje.
Mas, no final de contas, e feitas bem as contas, cêntimo a cêntimo, segundo a segundo, os euros e as horas começam com o tempo, tempo futuro neste caso, a ganhar forma e peso no livro de contabilidade, traduzido por mim em livro de “aproveitamento do tempo de vida”. Aí o saldo pode ser positivo ou negativo, conforme claro os bons e os maus investimentos feitos com todos os trocados que nos deram para gastar durante o Tempo...



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

"Boas Festas"


Essa historia da “luta diária” que travamos para nos manter-mos á “tona” da vida já me está a dar água pelo bigode. Chega de tristeza. Hoje, para variar um pouco o estimulo cerebral, apetece-me falar daquele assunto em que a grande maioria não perde tempo com palavras. O Sexo. Partindo do principio que todos vocês gostam de sexo, e eu inclusive como não poderia deixar de ser, vou aqui, convosco como parceiros claro, “analisá-lo” de um outro ângulo, daquela posição que só se é possível ter quando se assume o lugar de espectador, isso porque ainda me encontro sozinho na cama, obviamente... Estão comigo? Ok, então vamos lá. Bem, por onde começar...? Talvez pelo principio, e não, não falo dos preliminares! Por onde começar a “dicertação”, quero eu dizer. Bem, adiante. O local. Pode ser qualquer um, desde que dê espaço de movimento. Com quem? Quanto a vocês não sei, mas no meu caso, desde que seja uma mulher, ou melhor, a minha mulher só para não haver confusões, está absolutamente perfeito. De luz acesa ou apagada? Humm...diria das duas. Bem, concordam comigo em que as principais condições necessárias á realização da “festa” já foram encontradas? Sim? Nesse caso dê-mos então ínicio. Comecemos então por retirar a roupa do contexto. Sim, fora com ela porque ela não é importante, exceptuando talvez a lingerie, essa pode, ou melhor, deve ficar...
Bem, neste preciso momento há algo que me está a desviar a atenção....desculpem lá...dêem-me só um segundo.............

Perdoem-me, mas se me dão licença, tenho umas “coisinhas” a fazer, e por isso, pelo menos para já, resta-me desejar-vos bons sonhos, ou se for o caso, “boas festas”.
Ah, e fica desde já combinado: Amanhã, se ainda estiver sobre o efeito do vinho que bebi hoje, o que será muitissimo improvável garanto-vos, conto-vos o resto, mas o mais certo será apagar este Post antes mesmo que a minha mulher o leia...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Momento (0)


A morte é um daqueles “assuntos”. Sim, é um daqueles temas que parecem estar confortáveis nas nossas bocas durante um interessante e “revelador” debate de crenças, isso quando se referem a ela como uma forma de vida, claro. Mas, aqui e agora, não quero discorrer em teorias baseadas em qualquer tipo de fé, atirando prá fogueira questões do tipo “como será o estado de morto”, ou mesmo “como será o paraíso”, não, porque forçosamente isso remeteria o cenário deste texto para a tal “vida depois da morte” e eu não pretendo ir por aí, porque por “aí” estamos todos preparados para “lhe pegar” de uma forma leve e despreocupada, dando asas á imaginação, porque, convenhamos, mais não podia ser. Pretendo, isso sim, “tirar-vos” o gozo do “e se?” e falar aqui daquilo que garantidamente é real, mas, por qualquer motivo, ninguém quer falar, ninguém quer sequer pensar, ninguém quer sequer imaginar: O momento “0”, o fim da linha, o momento da morte. Esse sim é real, só não sabemos o “quando” e o “como”, e, verdade seja dita, não queremos agora ocupar o nosso pensamento com essas inquietações!
«Oh Hélder! Que assunto mais mórbido!»- pensam voçês. Sim, provavelmente têm razão, mas não deixa de ser “interessante” de pensar, não acham? Escusam também de ter medo, porque o “falar na morte” não é de todo sinónimo de “chamar a morte”...
Onde quero chegar com isto tudo? Depois de divagar um pouco, era exactamente aqui: Quando nos vimos “cara-a-cara” com esses “momentos 0”, muitos deles trágicos, injustos, irracionais, na vida, ou no fim da vida neste caso, de alguém que conhecemos, isso põe-nos a pensar, põe-nos a imaginar, põe-nos logo a tremer de medo e a pedir aos céus que nos poupe “áquele cenário”, não é verdade? Sim, claro que é, e isto não é uma critica, a final também eu sou humano, mas, assim a jeito de “estalo para acordares”, inclusive para mim, penso que deveriamos todos estar mais em sintonia com estas realidades. Porquê? Eu respondo-vos. Talvez se “compreendessemos” melhor a morte, se a olhassemos mais vezes “olhos nos olhos”, se não fugissemos a sete pés quando ela nos passa ao lado, provavelmente teriamos muito mais sensibilidade face ás tragedias do mundo; Não mudariamos por exemplo o canal de televisão quando vissemos a morte estampada na cara de uma criança que morreu de fome, porque a mãe dela, também já morta pela fome, não a conseguiu salvar; não virariamos as costas ás vitimas inocentes de uma guerra injusta, enfim....não seriamos negligentes com o sofrimento do mundo, e provavelmente, com essa consciência da “radicalidade” da morte, uma outra consciência de ajuda seria criada...porque o mundo afinal, também somos nós...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Fim do Mundo em Cuecas


Deus nos livre de no dia do fim do mundo sermos apanhados só de cuecas. Já imaginaram? Seria , digo eu, uma enorme falta de consideração e respeito por essa última data carimbada pela humanidade, não acham? E que vergonha não seria comparecer á “festa” nesses preparos! E depois não é só isso! Como seria depois, ou melhor, “o” depois? “Partiria-mos para o “outro lado” apenas com esses trajes menores? Olhem lá o risco! Já viram se á entrada dos portões do céu, vestidos com tais trajes indecentes, assim em jeito de barrado á porta da discoteca, também esse “porteiro” embirrasse com a vestimenta, ou a falta dela neste caso, e consequentemente nos deixasse ali de pé á espera uma eternidade indo passando á frente todos áqueles que se vistaram a rigor para a ocasião? Isso sim era uma chatice daquelas... É que não deve dar jeito nenhum ficar ali especado á espera! Ainda por cima numa fila que, quero eu acreditar, pode ser colossal... Ao menos que eu tenha companhia de almas que falam a mesma lingua do que eu! É só o que peço, pois assim pelo menos poderei dar duas de letra sobre o facto do Benfica não poder ser mais campeão e coisa e tal.
Ah, e depois hà outra coisa! É que, só de cuecas ou não, irão sempre existir aqueles que conheçem alguém “lá dentro”, para lá dos portões quero eu dizer, e esses, como é óbvio, também têm prioridade, atrasando ainda mais o processo de entrada. O pior é se a “casa” fica cheia... não, não quero nem pensar!
Pelo sim pelo não, aqui fica o aviso que eu próprio tentarei levar em conta: Estejam sempre prontos para essa “viajem”, pois nunca se sabe qual o dia da partida. Não menos importante será também este conselho que, diga-se, tembém serve para todos: Ide procurando uma cunha, alguém com conhecimentos “lá em cima”, pois pode fazer jeito, muito jeito...
Se não estiverem a “ver” ninguém que eventualente vos possa vir a ajudar nessa questão, façam o seguinte: Acreditem apenas que “ele” existe, e ele eventualmente há-de apareçer...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

04:45 min.


Escrever por instinto. Admiro aqueles que "sabem como". Eu não. Eu não o sei. Não é racional, não é premeditado, não é tentado; é apenas conseguido. Como? Liberdade, digo eu. Coragem, penso eu. Esquecer as mentes que me lêm, as visitas do dia, aquele "olhar" desatento que tudo entende, e aquele mais atento que nada entende, e escrever a minha alma, o que sente e vive a minha alma. Sim, hoje vou tentar, estou a tentar. Hoje vou consentir que apenas os meus dedos contem a historia, que contem aquela história que ainda não sabe que quer ser contada.
Dois minutos.
Não sei para onde vou, onde quero chegar, mas continuo. A minha alma tem vontade de falar, de dizer tudo e de não dizer nada, de esperar o "tudo" enquanto escrevo o "nada". Instinto puro. Nunca tentei, nunca consegui. É bom de quando em vez não pensar, não planear, atirar-me apenas em "queda livre" e ir "caindo" sem avistar o "ponto do fim", sem me importar de ter desconfiado do "ponto do salto". Não faz sentido, sussura a minha mente treinada, habituada ás "contas" nos "contos" que me são habituais, mas ela, essa voz, essa outra mente que sou eu em "modo escritor", não me incomoda, embora hoje ignorada, hoje enciumada.
Três minutos.
Continuo a ser travado por o "ele" de sempre, sim, por mim. «Não há lógica, não há lição!», avisa-me ele assustado, «apenas um grande nada!», repreende-me.
Três minutos e meio.
Nunca pensei que havia tanto "nada" a dizer. Estou feliz porque a minha alma consegue falar directamente com as minhas mãos, deixando-me de parte á espreita, desconfiado, receoso. Não sabia como fazê-lo, e ainda não sei, e sim... Não cheguei a lado algum, mas este novo caminho ainda não terminou.
Obrigado Amigo, por me mostrares o "como"...
Quatro minutos e quarenta e cinco.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Aos 99...


Ás vezes ponho-me a imaginar o futuro. Pergunto-me, com alguma frequência, quem é que eu serei quando for velho, sim aquele velho cheio de rugas e manias e bengalinha na mão, isso se eu lá chegar está claro. Já equacionei a hipótese de vir a ser um daqueles velhos chatos e rezingões que pensam que sabem tudo sobre tudo e que pouca ou nenhuma paciência têm para ouvir uma opinião contrária, confesso... . Mas, o mais provável, digo eu, é que eu venha a ser um simpático senhor de cabelo totalmento grisalho que por detrás de um característico rosto grave e sisudo esconde uma alma aberta ás novas ideias, ás novas tendências, ás novas e revolucionárias verdades. Confesso que tenho uma enorme curiosidade em ver essa “fotografia”...
Existem coisas, caracteristicas que dizem respeito ao relacionamento que "hoje e sempre" mantive com os meus “companheiros de viajem” que “nesse” futuro não quero perder, não quero que fiquem na memória do tempo, inclusive as menos boas.

Há dias, como é mais que habitual, dei comigo aos “saltos” e aos “berros” durante uma “daquelas” discussões com aquele amigo de sempre, aquele amigo de todos os momentos. Era um desses duelos em que ninguém tem razão, mas ninguém quer perder, pois ambos os egos são muito "altos"... Desde que me conheço como pessoa, foi sempre assim, com esse amigo pelo menos; Quem estivesse a assistir de camarote, poderia jurar que em grande maioria dos “espéctaculos” a pancadaria esteve sempre eminente, em cada palavra, em cada gesto.

Onde eu quero chegar com esta história?

É simples.... Aos 99 quero que seja exctamente assim, aí de bengala na mão que remédio! Mas assim...com todos esses defeitos e manias que fazem de mim o que sou, quem sou; Quanto ao resto, só o tempo o dirá, e eu tenho tempo...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Tentar Ser Feliz


Neste corre corre da vida, em velocidades ora mais lentas ora mais acelaradas, conforme a urgência do corpo presente, vamos sempre pondo ordem no desordenado caos que nos cerca e nos teima, assim com pequenas metas e fronteiras a conquistar, a nos fazer crescer, evoluir como pessoas e, talvez não menos, como profissionais.
Neste amaranhado de teias de ruas e becos aparentemente sem saída, vamos prosseguindo viajem, desenhando traços nesse nosso mapa pessoal que no futuro prestará contas ao “terminar da linha”, ditando sem pena e reserva os sentidos e direcções dos nossos passos, das nossas apostas bem ou mal calculadas, das intenções que nunca viram a luz do dia, sim..., dessas tantas intenções.
Não serão poucos, esses tantos que dizem que estão a viver uma vida que não é a deles. Se lhes dessem a oportunidade de mudarem o que bem entendessem no seu personagem, digo-vos eu, teriam certamente uma longa lista de papel enrolada na ponta da língua pronta a disparar de cor e salteado.
Quando preferem fingir não lembrar os “velhos do baú”, lá aparecem os “é, porque tem que ser!”, ou os “porque a vida é que quis assim!”, e com isto dão a ideia que somos comandandos por uma mão invisivel que nos guia, obrigando-nos por aqui ou por ali, a prescindir disto ou daquilo.
Aquilo que os outros pensam ou deixam de pensar também não será menos importante que a dita “Obrigação” que temos perante aqueles que contam connosco para a sua própria agenda, para o seu próprio destino. Sim, não tenho dúvida que andamos sempre de mãos dadas com alguém, e ainda bem! Nenhum homem deve ser uma ilha, como lá diz o outro...
O segredo, que não é segredo nenhum, mas sim uma díficil e sofrida tarefa, é simplesmente esta: “Tentar ser Feliz”.
Pois quanto a mim digo-vos: Eu vou deixar de tentar. Pronto, acabam aqui as tentativas. Vou passar, a partir de agora, a Sê-lo, sim, a Ser Feliz!