Hoje dei por mim a fazer contabilidade. Não á do dinheiro e das contas para pagar, mas a outra coisa completamente diferente. Dediquei-me á contabilidade de casamentos. Sim, de casamentos. Com um lápis e uma folha de papel na mão, fiz contas (mais ou menos por alto) às festas de casamento em que estive presente como músico de serviço. Feita a soma, o sarrabisco que coloriu a folha de papel pintou um número com dois zeros á frente. Para terem uma ideia, foram algumas largas centenas. Depois de feitas estas contas, calculei, também por alto, quantas pessoas é que até á data de hoje me viram actuar. Alguns milhares, atirei eu sem me preocupar muito com margens de erro. Quantas devem ter gostado de me ouvir? Centenas? Milhares? Talvez milhares, escrevi à vontade. E por aí fora. Fiz contas a tudo, desde os lugares que conheci, às fotografias em que posei, aos vídeos em que compareci, enfim… de tudo.
Depois de feitas tantas contas, e já um pouco cansado, fiz a pergunta mais importante de todas: Em quantas destas festas me diverti? Em quantas destas festas eu estive realmente de corpo e alma? Não demorei mais de dois segundos a aparecer com a resposta na ponta do lápis: Em todas. Absolutamente todas. Independentemente desta ou daquela chatice, deste ou daquele percalço. Sempre, sem excepção, fui feliz.
Para que saibam, considero-me parte “daqueles poucos” que podem dizer que ganham (parte) da vida a fazer aquilo que realmente amam e que, ainda por cima, são bem pagos por isso. Apesar de todo o trabalho (árduo) que envolve esta actividade, sempre me senti assim… um abençoado por o ter. Desde cedo fui puxado para ele, mesmo estando convicto que não seria por “ali” o caminho; Acredito que todos seguimos um plano, uma “estratégia” bem arquitectada por “alguém”, e a mim, com alguma “sorte” á mistura, tinha que me sair logo isto, a música, a minha paixão.
Mesmo com o “campeonato” a meio e com a hora de fecho de contas ainda longe, não posso deixar de reconhecer (mesmo sem recorrer á calculadora) que a minha “dívida” para conTigo é de largo valor. Mas, mesmo nesta vida, saldaremos contas…
Estou-Te muito agradecido, é o que Te posso dizer por agora. Ao que poderei fazer por Ti no futuro, ou ao que poderei construir e realizar em Teu nome, só o tempo o dirá….
Mas promeTo-Te que o farei.
Obrigado