“A vida está é para os espertos”, já dizia a minha falecida avó. Para aqueles cujas unhas estão afiadas de forma a fazer soar bem a “guitarra” da existência, ela, a vida, parece-lhes sempre mais fácil, mais “maneável”, mesmo quando o “barro” utilizado para a construir se encontra em estados mais sólidos que a própria dureza da pedra. É. Sou um fã da esperteza e dos espertos. Quem são eles? É fácil, basta olhar. Existem várias formas de os reconhecermos, se estivermos atentos, claro. Para mim é frequente vê-los na luta dos dias com armas construídas pelas suas próprias mãos, armas essas que á partida da "guerra" são aos olhos dos tais dos “inteligentes” compostas por “materiais” de fraca qualidade e sem hipótese de "matar" o que quer que seja. Enganam-se. Os espertos são inventivos, atentos e, normalmente, reconhecidos por “ratos”, (talvez pelo facto de serem eles próprios a construírem as suas próprias saídas quando estas não estão á vista, ou pura e simplesmente não existem, penso eu de que…) Aqueles espertos que conheço, e são muitos, têm a tal rara capacidade de conseguirem potenciar todos os seus argumentos, á primeira vista fracos como já referi, á sua máxima capacidade. Esses argumentos, essas armas reunidas em função de um objectivo, em função daquele “querer porque sou capaz”, têm a força suficiente para “vergar” o mundo. Lutam com coragem e com medo, claro, mas raramente recuam perante as indicações de “sentido proibido” que lhes insiste em cortar o caminho das tão desejadas metas. O mapa, esse que têm, não é certo, pois infelizmente para muitos deles esse não lhes foi entregue nas suas formas habituais de diploma ou testamento herdado. Apenas a sua visão mais ampla do mundo, o seu entendimento daquilo que os rodeia conjugado com as suas próprias interpretações dos sinais que os guiam, os conduzem às suas vitórias e conquistas. Gosto dos espertos, tenho orgulho neles, sabiam? Só têm um problema quanto a mim. Quando lhes perguntamos o segredo, ou a tal “fórmula mágica” para o sucesso, desconcertam-nos sempre com palavras como “estar atento”, ou “instintos” e como o tempo lhes ensina a confiar neles.
Espertos, não?
Espertos, não?
4 comentários:
Eu prefiro chamá-los de "chicos espertos" e, sinceramente, nutro um ódio especial por essa espécie, especialmente aqueles que me tentam passar à frente numa fila.
Abraço!
"Não basta dirigir-se ao rio com a intenção de pescar peixes; é preciso levar também a rede"
É Rafeiro, também os há, esses "chicos espertos", e confesso que gosto tanto deles como a um soco no queixo (risos). Por outro lado, também existem aqueles espertos que de "espertalhões" não têm nada, e, esses sim, aprecio.
Abraço, Rafeiro!
Olá carissima Três Tempos!
Concordo contigo, como é óbvio. Mas, e isto não é novidade para ti, já reparaste que muitos desses "pescadores" não levam para a "pescaria" essas tal "rede" porque simplesmente não a possuem? Impressionante é o facto de, mesmo assim, conseguirem na mesma pescar, e ás vezes até mais do que se a tivessem? Interessante, não é?
Beijinho, Moça!
Enviar um comentário