terça-feira, 9 de novembro de 2010

- Contabilidade

Hoje dei por mim a fazer contabilidade. Não á do dinheiro e das contas para pagar, mas a outra coisa completamente diferente. Dediquei-me á contabilidade de casamentos. Sim, de casamentos. Com um lápis e uma folha de papel na mão, fiz contas (mais ou menos por alto) às festas de casamento em que estive presente como músico de serviço. Feita a soma, o sarrabisco que coloriu a folha de papel pintou um número com dois zeros á frente. Para terem uma ideia, foram algumas largas centenas. Depois de feitas estas contas, calculei, também por alto, quantas pessoas é que até á data de hoje me viram actuar. Alguns milhares, atirei eu sem me preocupar muito com margens de erro. Quantas devem ter gostado de me ouvir? Centenas? Milhares? Talvez milhares, escrevi à vontade. E por aí fora. Fiz contas a tudo, desde os lugares que conheci, às fotografias em que posei, aos vídeos em que compareci, enfim… de tudo.
Depois de feitas tantas contas, e já um pouco cansado, fiz a pergunta mais importante de todas: Em quantas destas festas me diverti? Em quantas destas festas eu estive realmente de corpo e alma? Não demorei mais de dois segundos a aparecer com a resposta na ponta do lápis: Em todas. Absolutamente todas. Independentemente desta ou daquela chatice, deste ou daquele percalço. Sempre, sem excepção, fui feliz.
Para que saibam, considero-me parte “daqueles poucos” que podem dizer que ganham (parte) da vida a fazer aquilo que realmente amam e que, ainda por cima, são bem pagos por isso. Apesar de todo o trabalho (árduo) que envolve esta actividade, sempre me senti assim… um abençoado por o ter. Desde cedo fui puxado para ele, mesmo estando convicto que não seria por “ali” o caminho; Acredito que todos seguimos um plano, uma “estratégia” bem arquitectada por “alguém”, e a mim, com alguma “sorte” á mistura, tinha que me sair logo isto, a música, a minha paixão.
Mesmo com o “campeonato” a meio e com a hora de fecho de contas ainda longe, não posso deixar de reconhecer (mesmo sem recorrer á calculadora) que a minha “dívida” para conTigo é de largo valor. Mas, mesmo nesta vida, saldaremos contas…
Estou-Te muito agradecido, é o que Te posso dizer por agora. Ao que poderei fazer por Ti no futuro, ou ao que poderei construir e realizar em Teu nome, só o tempo o dirá….
Mas promeTo-Te que o farei.
Obrigado

4 comentários:

W a l k e r * disse...

Fazer o que se gosta é cada vez uma raridade nos dias que correm. No meio dos números negros que são os da satisfação profissional, os que sem serem necessárias contas são mais que muitos, estás tu a marcar a diferença :)

Continuação :)

Hélder Ferrão disse...

Infelizmente hoje em dia está na moda o "agarra o que aparecer!", e contra isso nada. É preciso lutar para se conquistar o lugar ao sol. E eu, embora com alguma sorte, vou continuando a ter o meu, sempre com muita luta, com muita vontade e, principalmente, com muita paixão.
Beijinho, Walker Woman!

Ps: Como vão os estudos? Bem, espero...

FM disse...

Gostei. Mesmo.
Abraço.

Hélder Ferrão disse...

Obrigado, Francisco
Forte Abraço