quarta-feira, 31 de março de 2010

Não Sei...


Eu sei que este espaço é um espaço destinado a ideias e pensamentos que têm a intenção, pelo menos eu tento que assim seja, de suscitar interesses comuns á maioria daqueles que me visitam, ou seja, vocês. Mas hoje, e tendo em conta que este espaço é o “meu espaço”, em vez de fazer as "habituais" considerações sobre um determinado tema “generalista”, vou falar de mim, sim, apenas de mim e da minha vida. Tenho-vos a dizer que hoje, e quando digo ”hoje” estou a referir-me aos passados últimos quatro dias, tenho-me sentido muito em baixo. Não sei o que se passa, mas confesso que a tristeza é o único sentimento que tenho experimentado desde aí. Sinto que estou céptico em relação a quase tudo o que me rodeia, indiferente a quase tudo o que faz parte da minha vida, eu incluído. Não sei… Parece-me que cheguei a um qualquer ponto de viragem, de mudança, de paciência, de paragem no tempo. Estou apagado, parado, sem “vontade” de nada. Sinto que a vida não me tem desafiado tanto como aquilo que eu gostaria, e as lutas, essas desapareceram de vez. Tenho quase tudo e sinto que não tenho quase nada… O vazio e a descrença estão instaladas no meu peito contra a minha vontade, e, sem aviso, arrancaram-me a força que eu tanto apreciava ter, tanto apreciava usar. Aonde é que “eu” estou agora? Aonde pára aquele “outro” que eu tanto me gabava de apresentar a toda gente como sendo "um dos tais que sabe como "se ir longe" em qualquer tipo de direcção? Não sei, porque esse corpo e essa imagem desse "tal" é a mesma todos os dias no outro lado do espelho, e “o de dentro”, esse nunca teve reflexo, tirando talvez no brilho dos meus olhos que “hoje” têm andado apagados.
Felizmente a minha Luz, a minha Vida que á a minha Mulher, está sempre a meu lado, e é ela a força que me segura e que me leva adiante…
Amanhã estarei melhor, se EU o quiser, e sim quero muito.
Sim, vou estar.
Abraço para todos, e Obrigado por terem paciência para me “Ouvirem”.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Peças Estranhas


Que todos nós somos um organismo “estranho” composto por “peças” ainda mais “estranhas”, isso é inquestionável. O corpo humano é, e em relação a isso não restam dúvidas, o sistema “mecânico” mais complexo alguma vez criado por “alguém”. É...mas é entre esse amaranhado de veias, esquemas arquitéctónicos de ossos, de músculos, de milhares de teias de neurónios, e de muitos outros “componentes” que nos “fazem” e cujos nomes "técnicos" nos escapam, que tudo funciona, e vá-se lá saber como, às mil maravilhas. Num passe de mágica todas as peças se ligam e interligam em perfeita harmonia, e é assim que o milagre da vida acontece e, para muitos, cheio de saúde. Excepção á regra, e infelizmente diga-se, estão todas aquelas “peças” que nos vêm com “defeito” de fabrico e precisam de intervenção externa para “afinar”.
Peça por peça, ligação por ligação, e estamos prontos para viver. Dependendo da manutenção que fazemos á máquina, ou ao nosso corpo quero eu dizer, a data de expiração do mesmo pode ser mais ou menos manipulada, mais ou menos “corrigida”, mas, e como tudo o resto que existe, em última estância acaba mesmo por acabar. É a vida… É a morte...
O conselho que, por qualquer razão que agora me escapa, me apeteceu transmitir hoje é este: Cuidem bem do vosso corpo, pois é esse mesmo corpo que transporta a vossa alma por esta vida e, quando ele acabar, sim porque ele um dia vai acabar, olhem... ao menos que acabe cheio de saúde…

quinta-feira, 25 de março de 2010

A Olho Nu


Começo por dizer que posso estar completamente errado sobre isto.
Sou da opinião que as primeiras impressões são, na grande maioria das vezes, as mais acertadas. É. Uma questão de breves segundos e pronto: Está tirada a fotografia, e não há volta a dar. Mas hoje não venho prá aqui falar de pessoas; Venho, isso sim, falar daquilo que as define na sua essência aos diferentes "ângulos" dos olhos de cada um. Venho aqui falar "daquilo" que nos aproxima ou afasta de alguém, mesmo estando esse alguém em pleno silêncio, quieto e sossegado numa moldura, mas, como não poderia deixar de ser, de corpo presente, claro. Chamemos-lhe de energia, ou empatia se preferirem. E é assim meus caros… quando essa tal “energia” invisível á nossa frente é mais para o escura do que para o clara, não há cá “efeito especial” que maquilhe e disfarçe de tons mais alegres os muitos cinzentos e pretos acentuados da "raíz", e mesmo até qualquer lima especial que afine as arestas defeituosas que, por alguma razão, somos apenas nós que as vemos a olho nu, mesmo estando elas escondidas, e outros jurarem que é engano. Pergunto-me se existe algum motivo, alguma razão que justifique esse “chega para lá” que tantas vezes somos impelidos a fazer sem motivo e sem aviso aparente. Sim, o “tal” até pode ser boa pessoa para muito boa gente, e até mesmo ser muito admirado na sua comunidade pelo facto de integrar o coro da confraria da igreja dos pastorinhos, mas, e é este “mas” que desequilibra a “construção”, há qualquer coisa que não “bate”, que não “soa”. E o que é que não bate? E o que é que não soa? Que misterioso sentimento negativo é esse que criamos baseado em quinze segundos de observação de coisíssima “nenhuma”? O que é que nos repele? O que é que nos põe sobreaviso? E, provavelmente o mais importante, o quem?

terça-feira, 23 de março de 2010

Talvez (?)


Existe uma altura em que para poder continuar, é preciso primeiro parar. E esse parar a que me refiro, não significa de todo aquele desligar da máquina para deixar arrefecer o motor…

Muito pelo contrário...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Comfortably Numb

Simplesmente genial...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Pois!


A vida é vivida com base em decisões e em escolhas, e o facto de elas serem mais ou menos importantes, é completamente irrelevante. Está mais que provado que as pequenas e insignificantes escolhas do dia-a-dia vêem muitas vezes no futuro a revelarem-se autênticos passos de gigante.


As cabeçadas, essas, são tantas que até nos apetece bater mais uma vez com a cabeça na parede pelo facto de termos escolhido a porta mais esquerda em deterimento da outra mais á direita. Pois! Mas é assim a vida, pelo menos enquanto não se lembrarem de inventar uma daquelas bolas de cristal que funcionem mesmo, claro!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Que Mania Pá!


Se há coisa que me chateia profundamente e me leva aos arames assim num piscar de olhos, é vir alguém meter o dedo na ferida, ou seja, em um dos meus "supostos" defeitos. Não, não gosto de ser criticado, e, muito menos, “desmascarado”.
Sou daquele tipo de pessoas orgulhosas com os seus defeitos e manias que, mesmo “vencido” por A+B, raramente dá um dedo que seja a torcer. Mas porque é que tem que ser assim? Que mania pá! Caramba! Ás vezes, e não são poucas confesso, sinto-me quase como um velho rabugento. E ah, é verdade! Quando as coisa não encarrilam pelo caminho por mim traçado é o fim do mundo e o começo de uma “daquelas” festas! E sim, quando me refiro a “festa”, falo daquele tipo de espectáculo de variedades que envolvem drama, riso, choro, tudo ao mesmo tempo. É. Infelizmente sou assim: Inflexivel, teimoso, frio, mesmo quando estou errado, e sim, estou-o muitas vezes. Que feitio! Se gostava de mudar? Sim, gostava, mas por duas únicas razões: Estou cansado de magoar aquelas pessoas que nunca deviam ser magoadas. Estou também cansado de mim próprio, neste ponto pelo menos. Tenho tentado me “segurar” em alguns momentos, mas infelizmente a minha expressão facial não colabora comigo, e assim como uma traidora de uma “queixinhas”, ela denuncia-me a maior parte das vezes. Cheguei á conclusão que não basta tentar disfarçar; O mais importante é conseguir “lidar” de outra forma, mais “leve” se calhar, porque... “mudar mudar” não o irei conseguir, pois acredito que as pessoas não mudam, pelo menos nessas questões de “fundo”; Acredito, isso sim, que podem e devem ser educadas, e eu estou a tentar, a sério que estou a tentar...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Faça-se Luz!



Cada vez mais me convenço que a luz existente no nosso planeta é um bem escasso a um fio de se fundir de vez. A começar pelo ecossistema terrestre e a acabar nas pessoas, tudo me parece mais disfuncional, mais descordenado, dando-me a estranha sensação que a humanidade se encaminha para um qualquer tipo de “fim”, para um qualquer tipo de novo começo, (para o qual não me pareçe ter-mos sido convidados a participar). Atrevo-me até a dizer que essa data já tem um (x) assinalado em calendário...
Confesso que a desgraça alheia já não me impressiona, já não me surpreende como o fazia até há poucos anos atrás. Não, não penso nem sinto que seja uma questão de défice de sensibilidade da minha parte ou por parte dos “normais” dos humanos; Acredito, isso sim, que a “anormalidade” dos eventos que outrora pareciam impossiveis sequer de serem imagináveis em sonhos, hoje conquistaram o seu estatuto de rotina, de “habitual” aos olhos e aos sentires das pessoas, inclusive da minha.
A consciência humana não é mais a mesma. Tudo é permitido, tudo é aceitado sem muita discussão, porque o “tudo” agora é o normal, assim como será normal que a Luz se apague de vez.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A Toda Velocidade


Entre travadelas e arranques, ultrapassagens e acidentes, contando também, e como não poderia deixar de ser, com as necessárias pausas para descanso e reabastecimento, a vida é feita a correr. Essas tantas obrigações, esses tantos compromissos que nos prendem ao “tem que ser porque tem que ser”, cada vez mais têm a capacidade de esconder a nossa verdadeira vontade: Abrandar. Acontece que durante a frenética “pilotagem” do nosso “carro” em volta dessa imensa pista que á a nossa vida, e com ela todos esses necessários “chekpoints”, os nossos sentidos estão totalmente concentrados nesses percursos, estão completamente colados nesses caminhos que, acreditamos nós, nos hão-de levar a um objectivo, a cortar uma meta qualquer que nos fará mais felizes. Pois, e é aqui que eu quero chegar. É que, enquanto o fazemos, enquanto a “paisagem” passa por nós a mil á hora, existem muitas coisas que deixamos de ver, deixamos de apreciar, deixamos de saborear.
Ouvimos tantas, mas tantas vezes os tais «...adoraria fazer isso, mas não tenho tempo», que ás vezes dou comigo a pensar que a grande parte desses “super ocupados” são prisioneiros de uma vida, ou estilo de vida neste caso, que não gostam, que não querem, pelo menos conscientemente. Sim, digo conscientemente porque devido á tal da velocidade, esses muitos pilotos raramente têm tempo para parar no descanso das boxes para reflectir sobre se o sentido da “corrida” realmente faz sentido, se a tão desejada vitória realmente compensará todo aquele esforço. Não; não o fazem porque, tal como referi á pouco, as tais pausas servem apenas para o descanso e para o reabastecimento, e não para questionar o “campeonato” que agora já vai a meio...

domingo, 7 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

Palavras Para Quê?


Há momentos em que a falta de inspiração encarrega-se de fechar a sete chaves esses tantos pensamentos e ideias que nos correm nas veias, esses muitos "pontos de vista" que vamos misturando com todos aqueles nossos "sentires" que teimam em nos acompanhar durante a viajem dos dias e que, de forma mais ou menos pessoal, vamos experimentando, vamos "corrigindo" pelas palavras que por aqui vamos contando. Curiosamente hoje não é esse o caso, muito pelo contrário, tenho muito a dizer, muito a descrever, e por isso ficamos por aqui.
Porquê?
Hoje contemplei o mar durante algum tempo, olhei-o fundo nos olhos e senti-me em paz com o Mundo...
Palavras para quê?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Respira Fundo!


No fundo tudo se resume a isto: Levar a vida um dia de cada vez. Acordamos, e lá esta ela, á espreita, impaciente, ansiosa por nos fazer entrar novamente no rodopio das tarefas e das rotinas obrigatórias, na inevitável “obrigação/responsabilidade”. Sim, é a vida. Sim, tem que ser. Parecem quase sentenças estas duas expressões, pelo menos da forma que eu as costumo ouvir. Este “grito” sofucado e disfarçado em leves palavras de resignação, ecoam nas gargantas e nas almas de tanta, mas tanta gente...
Hoje ouvi esse “grito” mas com um “baixar de armas”. Ouvi-o da boca e da alma de alguém que admiro, de alguém que cresceu comigo todos os dias como amigo.

Hoje esse amigo perdeu a Força, perdeu o Entusiasmo, deixou-se vencer “nesta” batalha que para ele representa toda a guerra. Quer agora que o tempo passe, que as horas o levem para aquele momento vazio de riscos, de “arriscos”, de sangue a correr nas veias com a adrenalina de quem corre numa montanha russa. Não, ele agora quer a paz, aquela paz das tardes de domingo, aquele desfecho sem consequência porque nada foi feito, nada foi construído para ser atirado por terra, nada foi traído porque nada foi amado. A paz dos dias iguais é o seu sonho, é a sua luta diária, é o caminho que pretende seguir. Sim, sinto-me triste. Ele sofre, e eu pouco posso fazer, a não ser dizer-lhe «respira fundo!» mesmo, estando ele convencido que já não existe oxigénio...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Dieta Rigorosa


Esta coisa dos relacionamentos humanos é muitissimo complicada, pelo menos para mim. É que, e não serão poucas vezes que o faço, dou por mim a escolher esta ou aquela companhia como se um “produto consumivel” se tratassem. Não sei se se passa o mesmo convosco, mas confesso que ando cansado de muitos destes... chamemos-lhes “bens de consumo”. Num destes dias recentes, e com algum tempo disponivel, predispus-me a fazer um criterioso exame ás variadas composições organicas de alguns desses "bens", e, sem muitas surpresas infelizmente, cheguei á triste conclusão que muitos deles são comprovadamente prejudiciais á minha saúde, sendo até alguns deles potencialmente venenosos e fatais. O problema, quanto a mim, é que essas pessoas, esses “produtos” conseguem, e cada vez mais com mais subtileza e requinte, mascarar a sua verdadeira face, a sua verdadeira intenção, a sua verdadeira essência, por detrás de uma “apetecivel embalagem”. Acontece que – e provavelmente estarão neste patamar os maiores casos de “intoxicação” – muitos destes “produtos” não causam “morte” imediata mas, e isso sim, “morte gradual”. Os sinais esses, nem sempre são visiveis e compreendidos como uma séria ameaça, pois os sintomas mais comuns são enjoos e dores de cabeça e, afinal, «não pode ter sido daquele "copo", pois ele “bebe-se” sempre tão bem daquela “sua embalagem” tão simpática...»
Não sei se estarei certo ou não em fazê-lo, mas antes de meter algo á “boca” prefiro estudar muito bem o “prato”servido á minha frente; E não, também não vou nas sugestões do dia do chefe, porque o que é bom para muitos pode não servir o meu paladar, e afinal os organismos nem sempre são todos iguais.
Porque falo agora neste assunto?
Hoje comecei uma dieta...