quinta-feira, 11 de março de 2010

A Toda Velocidade


Entre travadelas e arranques, ultrapassagens e acidentes, contando também, e como não poderia deixar de ser, com as necessárias pausas para descanso e reabastecimento, a vida é feita a correr. Essas tantas obrigações, esses tantos compromissos que nos prendem ao “tem que ser porque tem que ser”, cada vez mais têm a capacidade de esconder a nossa verdadeira vontade: Abrandar. Acontece que durante a frenética “pilotagem” do nosso “carro” em volta dessa imensa pista que á a nossa vida, e com ela todos esses necessários “chekpoints”, os nossos sentidos estão totalmente concentrados nesses percursos, estão completamente colados nesses caminhos que, acreditamos nós, nos hão-de levar a um objectivo, a cortar uma meta qualquer que nos fará mais felizes. Pois, e é aqui que eu quero chegar. É que, enquanto o fazemos, enquanto a “paisagem” passa por nós a mil á hora, existem muitas coisas que deixamos de ver, deixamos de apreciar, deixamos de saborear.
Ouvimos tantas, mas tantas vezes os tais «...adoraria fazer isso, mas não tenho tempo», que ás vezes dou comigo a pensar que a grande parte desses “super ocupados” são prisioneiros de uma vida, ou estilo de vida neste caso, que não gostam, que não querem, pelo menos conscientemente. Sim, digo conscientemente porque devido á tal da velocidade, esses muitos pilotos raramente têm tempo para parar no descanso das boxes para reflectir sobre se o sentido da “corrida” realmente faz sentido, se a tão desejada vitória realmente compensará todo aquele esforço. Não; não o fazem porque, tal como referi á pouco, as tais pausas servem apenas para o descanso e para o reabastecimento, e não para questionar o “campeonato” que agora já vai a meio...

2 comentários:

ThreeTense disse...

A propósito, vrrrmmmm, a caminho de Lisboaaa........Xau, Moço....

Hélder Ferrão disse...

Faz uma boa viajem e, se tiveres tempo é claro, abranda um pouco a velocidade quando estiveres a percorrer a cidade; Ela é muito bonita...(sorrisos)
Beijinho, Moça!