quinta-feira, 25 de março de 2010

A Olho Nu


Começo por dizer que posso estar completamente errado sobre isto.
Sou da opinião que as primeiras impressões são, na grande maioria das vezes, as mais acertadas. É. Uma questão de breves segundos e pronto: Está tirada a fotografia, e não há volta a dar. Mas hoje não venho prá aqui falar de pessoas; Venho, isso sim, falar daquilo que as define na sua essência aos diferentes "ângulos" dos olhos de cada um. Venho aqui falar "daquilo" que nos aproxima ou afasta de alguém, mesmo estando esse alguém em pleno silêncio, quieto e sossegado numa moldura, mas, como não poderia deixar de ser, de corpo presente, claro. Chamemos-lhe de energia, ou empatia se preferirem. E é assim meus caros… quando essa tal “energia” invisível á nossa frente é mais para o escura do que para o clara, não há cá “efeito especial” que maquilhe e disfarçe de tons mais alegres os muitos cinzentos e pretos acentuados da "raíz", e mesmo até qualquer lima especial que afine as arestas defeituosas que, por alguma razão, somos apenas nós que as vemos a olho nu, mesmo estando elas escondidas, e outros jurarem que é engano. Pergunto-me se existe algum motivo, alguma razão que justifique esse “chega para lá” que tantas vezes somos impelidos a fazer sem motivo e sem aviso aparente. Sim, o “tal” até pode ser boa pessoa para muito boa gente, e até mesmo ser muito admirado na sua comunidade pelo facto de integrar o coro da confraria da igreja dos pastorinhos, mas, e é este “mas” que desequilibra a “construção”, há qualquer coisa que não “bate”, que não “soa”. E o que é que não bate? E o que é que não soa? Que misterioso sentimento negativo é esse que criamos baseado em quinze segundos de observação de coisíssima “nenhuma”? O que é que nos repele? O que é que nos põe sobreaviso? E, provavelmente o mais importante, o quem?

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