terça-feira, 4 de maio de 2010

Põe-te Esperto!


“A vida está é para os espertos”, já dizia a minha falecida avó. Para aqueles cujas unhas estão afiadas de forma a fazer soar bem a “guitarra” da existência, ela, a vida, parece-lhes sempre mais fácil, mais “maneável”, mesmo quando o “barro” utilizado para a construir se encontra em estados mais sólidos que a própria dureza da pedra. É. Sou um fã da esperteza e dos espertos. Quem são eles? É fácil, basta olhar. Existem várias formas de os reconhecermos, se estivermos atentos, claro. Para mim é frequente vê-los na luta dos dias com armas construídas pelas suas próprias mãos, armas essas que á partida da "guerra" são aos olhos dos tais dos “inteligentes” compostas por “materiais” de fraca qualidade e sem hipótese de "matar" o que quer que seja. Enganam-se. Os espertos são inventivos, atentos e, normalmente, reconhecidos por “ratos”, (talvez pelo facto de serem eles próprios a construírem as suas próprias saídas quando estas não estão á vista, ou pura e simplesmente não existem, penso eu de que…) Aqueles espertos que conheço, e são muitos, têm a tal rara capacidade de conseguirem potenciar todos os seus argumentos, á primeira vista fracos como já referi, á sua máxima capacidade. Esses argumentos, essas armas reunidas em função de um objectivo, em função daquele “querer porque sou capaz”, têm a força suficiente para “vergar” o mundo. Lutam com coragem e com medo, claro, mas raramente recuam perante as indicações de “sentido proibido” que lhes insiste em cortar o caminho das tão desejadas metas. O mapa, esse que têm, não é certo, pois infelizmente para muitos deles esse não lhes foi entregue nas suas formas habituais de diploma ou testamento herdado. Apenas a sua visão mais ampla do mundo, o seu entendimento daquilo que os rodeia conjugado com as suas próprias interpretações dos sinais que os guiam, os conduzem às suas vitórias e conquistas. Gosto dos espertos, tenho orgulho neles, sabiam? Só têm um problema quanto a mim. Quando lhes perguntamos o segredo, ou a tal “fórmula mágica” para o sucesso, desconcertam-nos sempre com palavras como “estar atento”, ou “instintos” e como o tempo lhes ensina a confiar neles.
Espertos, não?

4 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Eu prefiro chamá-los de "chicos espertos" e, sinceramente, nutro um ódio especial por essa espécie, especialmente aqueles que me tentam passar à frente numa fila.

Abraço!

ThreeTense disse...

"Não basta dirigir-se ao rio com a intenção de pescar peixes; é preciso levar também a rede"

Hélder Ferrão disse...

É Rafeiro, também os há, esses "chicos espertos", e confesso que gosto tanto deles como a um soco no queixo (risos). Por outro lado, também existem aqueles espertos que de "espertalhões" não têm nada, e, esses sim, aprecio.
Abraço, Rafeiro!

Hélder Ferrão disse...

Olá carissima Três Tempos!
Concordo contigo, como é óbvio. Mas, e isto não é novidade para ti, já reparaste que muitos desses "pescadores" não levam para a "pescaria" essas tal "rede" porque simplesmente não a possuem? Impressionante é o facto de, mesmo assim, conseguirem na mesma pescar, e ás vezes até mais do que se a tivessem? Interessante, não é?
Beijinho, Moça!