segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Regressei...a uma vida passada.

Hoje fiz aquilo que há muito tinha curiosidade para fazer. Regressão a vidas passadas através do Reiki. Dirigi-me a uma clínica chamada Portal da Luz, no Porto, e aí foi. “Regressei”



Começou por um exercício de relaxamento do corpo. A começar pelo braço direito, as mãos, os dedos, o cotovelo, e depois o mesmo no braço esquerdo, passando depois para a cabeça, tronco, costas, pernas e pés. A respiração era lenta, em profundas inspirações e lentas expirações. “Relaxe….inspire profundamente”, dizia a terapeuta numa voz calma e suave, quase um murmúrio.


Vejo uma escada. Ela desce em espiral no interior de uma câmara pouco iluminada. Os degraus são em cimento e não existe qualquer tipo de apoio para as mãos. O espaço é frio, feio e mal tratado. No fim da descida, estou numa sala de paredes vermelhas. Ao fundo, a luz entra forte e branca pelos pequenos vidros quadrados da janela. Á esquerda da sala, está um móvel, perece-me uma cómoda, preta, com desenho clássico, antigo, com largas gavetas. Ao meu lado direito está uma porta, alta, castanho clara. Não tem puxador. Empurro-a. Ela não abre. Sinto medo, agora está tudo escuro, sinto arrepios e, subitamente, abro os olhos.



“Hélder, você bloqueou” disse-me a Dra. Depois de algumas perguntas e considerações relativas a "esse" medo, disse-me que devido a "ele", bloqueei a minha entrada pela porta que tinha visualizado.


Segunda tentativa: Estou novamente na mesma sala. Vejo agora que ao lado da cómoda escura, se encontra uma outra porta. Alta, estreita, branca. Encontra-se fechada, mas tem um puxador. Abro. Entro. Uma lareira ao fundo queima alguns toros de madeira. Uma grande secretária vazia de papéis faz companhia a uma confortável cadeira. “Vê alguém nessa sala?”, pergunta a voz suave - Vejo. Ele está de pé com uma mão atrás das costas e a outra no queixo, pensativo, junto de uma janela. Olha as árvores e o rio mais lá á frente. É alto, veste todo de preto a condizer com o preto do cabelo e bigode “Vê algum nome?”. Sim. (***nome***). Sou eu.
“O que é que ele está a sentir?”
Ele está preocupado, apreensivo com a decisão que tomou. Matar os seus empregados, seus companheiros de mar… "Você é pescador?"- Não. Eu roubo no mar. Quero ficar com tudo para mim...
“Avance até á altura em que põe em prática esse seu plano” - Estou numa praia, sozinho. Fui abandonado pelos meus companheiros. Não os matei. Eu é que quero morrer, aqui, sozinho nesta praia.



“Avance 2 anos…onde está agora?” – Estou numa feira, novamente vestido de preto, com um lenço preto na cabeça. Estou furioso, enquanto passo olhares rápidos pelo espaço de pedra que compõe a feira. “Porquê está zangado?” – Não sei….
“Avance, agora dez anos” – Estou no campo. O campo da minha casa. Vivo da terra, das uvas. Estou sozinho, e sinto-me só, deprimido.



“Avance até á altura da sua morte”- Estou deitado numa cama muito larga, coberto por lençóis brancos. O quarto é cinzento, e do lado direito da parede está um quadro oval com um desenho de uma senhora. Estou sozinho, mas ouço o barulho das minhas duas filhas a brincar lá fora. A minha mulher não está preocupada. Eu distanciei-a durante toda a minha vida. Ela não me ama…
Estou agora no meu funeral. Ela, a minha mulher, veste de preto com uma renda preta na cara. Segura as nossas filhas, uma por cada braço, junto de si.
O caixão tem muitas flores em cima, mas muito pouca gente está lá a assistir.



“Avance até o seu plano espiritual…vê alguém consigo?” – Não, ainda estou na minha casa. Não quero partir. “Avance até o momento em que partiu” – Estou sentado na relva. Estou vestido de branco, assim como toda a gente que cá está. Estou a ler um livro de capas vermelhas. É o livro da minha vida. Leio-o sem qualquer emoção, sem qualquer arrependimento. Aqui sinto que o que fiz na Terra não tem qualquer importância. Estou a aprender, a ver aonde é que errei. “Avance até o momento em que está prestes a regressar a este mundo novamente” – Vejo um homem velho, alto, de bigode branco. “Quem é ele?”- É meu professor parece-me um pouco zangado, ou impaciente. “Quais são as palavras que o ouve dizer?” – Bondade, determinação, fugir da solidão…. são as minhas missões….


Nota: Muitas outras coisas foram ditas, assim como muitas emoções foram vividas, mas, prefiro conservar essas experiências apenas para mim. No entanto, partilho esta “viajem” convosco, porque penso que todos nós a devíamos fazer, porque muito pode ser aprendido e corrigido nesta vida…

8 comentários:

liamaral disse...

E que viagem deve ter sido...
:) Beijinho

Hélder Ferrão disse...

Ainda estou um pouco pertubado... Confesso que no ínicio estava um pouco céptico, mas foi realmente qualquer coisa de extraordinario...
Tens que experimentar!
Beijinhos para ti, Liamaral

Unknown disse...

Eu gostava de experimentar. Mas até tenho medo LOL

Hélder Ferrão disse...

É normal ter medo, cara Diaboderoupacurta. Mas, durante todo o processo, tudo te parece a "coisa" mais natural do mundo...
Beijinhos

Anónimo disse...

Uma regressão é uma experiência muito pessoal, deve ter sido uma experiência arrebatadora...mas a parte que adorei mesmo foi:

"Estou sentado na relva. Estou vestido de branco, assim como toda a gente que cá está. Estou a ler um livro de capas vermelhas. É o livro da minha vida. Leio-o sem qualquer emoção, sem qualquer arrependimento. Aqui sinto que o que fiz na Terra não tem qualquer importância. Estou a aprender, a ver aonde é que errei.."

Lindo mesmo, senti uma certa paz ao ler isto...
Bjs da Mana

Hélder Ferrão disse...

Manocas, é mesmo uma experiência arrebatadora. Ainda hoje estou um pouco abananado. Mas, estou em paz, porque "vi" que além "disto" que é os nossos dias, a nossa realidade, existe algo muito maior, mais puro. Vi definitivamente... Algo mais....

Hélder Ferrão disse...

Ah! Já me ia esquecendo manocas! Beijinhos do mano mais novo!

FM disse...

Pois...!