domingo, 22 de novembro de 2009

Lugares Elevados


Há-de sempre existir motivos que, em apenas uma ou em duas assentadas, nos deixará mais contentes, assim como elevados a quase um “expoente máximo de felicidade, ou, porventura, mais tristes, como quem se afunda do alto de um abismo, deixando-nos esmagados e espalmados no chão. Como uma espécie de balão a hélio, depressa ora somos projectados lá para cima, para junto das nuvens, onde somos embalados pela doce brisa do vento, aquecidos e protegidos pela ternura do Sol, assim…felizes da vida e coisa e tal, e, num outro momento, aquela fina agulha afiada, quase invisível e vinda do nada, nos “fura”, atirando por terra aquele momento que nos levou tanto tempo a levantar e a pôr no ar. Esta incessante batalha, este constante desafio que se chama Felicidade, leva-nos, cada vez mais, á procura de nova rampas de lançamento, daquelas que nos possam dar um maior impulso de voo, e atingir lugares mais “altos”. O problema, quanto a mim, é que, cada vez mais, esses “lugares elevados” que outrora nos faziam vertigens, nos parecem agora flutuar a apenas um metro do chão. Existem mesmo alguns que de tanto subirem, já se encontrem quase fora da orbita terrestre, pensando que ainda estão quase em contacto com a superficie plana da terra, sem se darem conta que o ar que respiram é cada vez mais rarefeito, escasseando a cada segundo de distância da superfície do solo, e que aí, se encontram muito poucos, que tal como eles, vivem longe e isolados do mundo, das pessoas, fechados, aprisionados naquele enorme espaço vazio que é o “alto patamar”, o “alto” da Felicidade.
Quanto a mim, prefiro aquele patamar mais baixo, construído apenas por frágeis tábuas de madeira, de cobertura de palha, aquecido apenas pelo calor das pessoas, com recursos limitados para o conforto, pois dá-me a ideia de estar no lugar mais alto do mundo, mas, na realidade, muito perto do chão, onde a realidade é dura, mas onde o ar flui mais fresco e em abundância…

4 comentários:

ThreeTense disse...

Há que ter os pés bem assentes, contudo, uma boa dose de sonhos e optimismo também faz bem...
Um abraço

Hélder Ferrão disse...

Ora nem mais, Três Tempos!
Abraço

Diana Napoleão disse...

É bem verdade...
Quanto mais alto estamos, maior é o tombo!
Por isso mais vale subir um piso de cada vez e conseguirmos realizar todos os nossos objectivos e sonhos, do que subir tudo de uma acentada e depois quando menos esperamos, batemos no fundo, sem de lá conseguirmos sair tão cedo!
Beijos e força aí amigo...

Hélder Ferrão disse...

Olha a amiga Diana! Claro que tens toda a razão, mas nunca é demais sonhar e tentar subir o mais alto possível... Claro que, nem sempre os "lugares mais elevados" são os mais confortáveis, os mais "povoados"...
Beijinhos, Diana