quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Sonhos Desfeitos


Portanto é assim: Ou se faz, ou não se faz. Agora andar aí no “pois e tal, porque se calhar não vai dar e não sei quê…” é que não. Não gosto de impasses, de desculpas inventadas há última da hora para justificar o medo, a falta de coragem e de garra. Já pensaram que, sempre que voltamos a rever os prós e os contras de um plano, os contras vão ganhando terreno, uma importância que á partida não tinham? Pois é... e Conclusão: Damos para traz e, em grande parte dos casos, desistimos. Chego á conclusão que nós, seres humanos, às vezes pensamos demais. Vamos do céu ao inferno num estalar de dedos, damos voltas e mais voltas á cabeça, tentando prever, antecipar, adivinhar, mesmo sem sermos bruxos, o futuro; futuro esse que quanto mais pensamos, mais pintamos de negro...
A tendência que temos de desistir de um sonho quando ele está prestes a realizar-se é lamentável, triste. Parece até que temos medo de ser felizes, ou então, e por qualquer motivo desconhecido, achamos que não o merecemos. Somos cruéis connosco próprios, pois aceitamos a ideia distorcida que a vida não nos iria dar uma “oportunidade daquelas”, não porque “não pode ser assim tão fácil para mim, porque eu não fui talhado para grandes coisas, grandes voos. Nunca foi assim! Porque seria agora?...”. E é assim meus caros, é aqui que nasce a dúvida, o medo, a incerteza, e o fim de um processo que muitas vezes não chegou sequer a nascer, e aí, no lamento do “fim”, pensamos com fraca esperança “Sim, é melhor esperar que apareça uma oportunidade que me pareça mais impossível, porque essa, com toda a certeza, será mais real, mais exequível.”
Claro que, quando lá chegamos, a essa nova chance, de novo tudo nos parece mais complicado, mais irrealizável, um sonho ainda mais absurdo que o anterior, e, mais uma vez, o “coisa e tal…porque não sei quê” vem com força suficiente para deitar tudo por terra, destruindo-nos mais um pouco durante o processo…
Lembrem-se que, os sonhos recalcados com o tempo morrem, mas… cuidado, pois eles continuam a habitar a vossa alma, empestando o ar…

4 comentários:

Barbie Boy disse...

É veradae meu caro. O comudismo mais do que um substantivo, é um verdadeiro entrave ás revoluções necessárias. No final de um desafio, ou de um sonho desfeito, os comudistas sentem-se aliviados, e ou outros ficam naturalmente revoltados. É a vida!

Abraço

liamaral disse...

Que nunca nos falte a frontalidade e a coragem necessária de nos assumir seja em que, ou no que for!
:) Beijinho

Hélder Ferrão disse...

"Sentem-se aliviados por não terem que lutar, e revoltados com a sua falta de coragem e fraqueza..."
Exactamente caro Barbie Boy, é a Vida!
Abraço

Hélder Ferrão disse...

Confesso que já tinha saudades tuas, Liamaral!
Sim, que nunca nos falte nada disso, mas, e se faltar, que Deus nos ajude a restabelecer...
Beijinhos