terça-feira, 20 de abril de 2010

Artistas de Circo


É tudo uma questão de equilíbrio. E não é fácil, como vocês bem sabem. Basta um pequeno deslize e pronto. O “prato a girar” na ponta da “vareta” cai, e, sem muitos “ais” e “uis”, fica ali, no chão, feito em mil pedaços e, infelizmente diga-se, por muita ajuda que se peça á “assistência”, nunca há á mão de alguém uma qualquer cola milagrosa que o monte e o devolva á forma original. «Quem te mandou ser artista?» Perguntam tantos em vez de acorrerem em ajuda ao pobre do equilibrista… Se querem que vos diga, ainda bem que nunca dei jeito para o circo, mas, mesmo da “bancada” consigo ver que o problema agrava-se quando as duas únicas mãos do “artista” começam a acreditar que se multiplicaram por quatro, às vezes até mais, e aí são sempre mais, muitos mais cacos a “voar pela tenda”, não tenham dúvidas. São muitos pratos a girar ao mesmo tempo pelas mãos do próprio “vento”, e, para azar de muitos deles, dos coitados dos pratos quero eu dizer, a “morte” é mais que certa. É esta mania cheia de boas intenções que os ilude, que os leva em boa fé a acreditar que se podem multiplicar a si próprios por um número superior a um (1)! Pois é! Mas, e isto não é novidade nenhuma, houve um dia alguém que disse que “nenhum homem deve suportar um peso superior àquele que consegue suportar” e eu, pela lógica, claro, vejo-me obrigado a concordar com ele, seja ele quem for. Resumindo: De forma a evitar malabarismos de 2ª categoria, penso que cada um de nós deveria operar “magia” apenas com as “cartas” que dispõe, as reais, neste caso. É que, com pratos a cair e cacos pelos ares, alguém sai sempre magoado com estilhaços na pele, e, e isto é verdade acreditem, não há equilibrista ou mágico no mundo que consiga “segurar” toda a sua vida pela força da ilusão e, muito menos, com dedos feitos de puro ar…

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