terça-feira, 27 de abril de 2010

Manchas Negras


A questão é que muitos não a conseguem ultrapassar, por muito que o queiram. E depois há os outros, os que não querem, claro. Os que querem e que tentam, não tenho dúvidas que podem esquecer durante dias, meses até, mas é dificil digo-vos, pois estou em crer que “aquela” lembrança, essa tal “mancha negra” que os persegue e a que muitos chamam de ressentimento há-de sempre teimar em manter-se vivinha da silva mesmo com as repetidas juras de “morte certa” que lhe rogarem. Infelizmente, e é mesmo assim, levam-na com eles para todo o lado como se uma doença incurável se tratasse. O mal, entre outros tantos que uma “patologia” deste tipo pode trazer, é quando os seus sintomas se manifestam na “pele” sem que para isso a tenham que a provocar com uma lufada de “ar” mais forte. É: Ela aparece sem aviso ou satisfação, cega-os por instantes, e, feito o seu trabalhinho sujo, vai á sua vidinha de novo para dentro do “saco” até novas ordens.

Para os que não querem ver-se livres de tal bênção, tenho para mim que esses "iluminados" coleccionam esse tipo de cicatrizes pela razão óbvia da dita aprendizagem; Sim, porque muitos juram que é “dali” que vão buscar as “tais” lições de vida que nunca se esqueceram e nunca se esquecerão porque “dali”, dizem, saíram mais fortalecidos que nunca.
Tretas, digo eu…
Correndo o risco de já estar a ir por aí, não pensem que pretendo fazer deste texto um discurso psicológico acerca de como os “traumas” passados podem prejudicar o nosso equilíbrio emocional no presente. Não, não é isso que pretendo, mas, aproveitando que vou “lançado”, deixem-me mandar aqui um “recadinho” assim a jeito de “vê lá se acordas prá vida” a todos aqueles (a um 3º tipo de pessoas que só me lembrei agora que existiam) que têm tantas dessas “manchas negras” guardadas no saco e, neste caso concreto, apenas com o intuito de as usarem como desculpa pela frustração dos seus dias, como justificação pelas suas tantas derrotas que não conseguiram ultrapassar apenas com o sabor da verdade, que não conseguiram engolir sem a ajuda sempre conveniente da tal "mazela da vida" e, claro, muito, muito mais, como vocês bem sabem e conhecem...
E o conselho é este, embora já o tenha dito mais acima:

«Vê lá se acordas prá vida!»

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