quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Livros


Às vezes esquecemos de lembrar que, antes do aparecimento do Homem á face da Terra, a vida já existia há milhões de anos. Este planeta nem sempre foi nosso, como gostamos de imaginar que sempre o foi. Para que pudéssemos “nascer”, o Mundo teve que tomar uma série de providências, sendo uma delas muito importante. Falo, neste caso, da exterminação em massa a que foram sujeitos os nossos antigos habitantes. Sim, refiro-me aos dinossauros. Durante a sua longa permanência no planeta, estes animais eram regidos por uma lei, e uma lei apenas. A da Sobrevivência. Tudo o resto "auto-equilibrava-se" e "auto-recalibrava-se" e, mesmo no caos da "luta", a harmonia era uma constante, porque as "regras do jogo" não eram questionadas, não eram racionalizadas, apenas sentidas nos instintos que os moviam. Ao fim de milhares de anos, esses "irracionais" tiveram que desaparecer da face do globo, para que, também nós, tivéssemos a oportunidade da existência. Com o aparecimento do Homem, a seu tempo, novas e diferentes regras foram criadas para que todos pudessem viver em sociedade, ou melhor, para que todos pudessem viver segundo as bases e os princípios da “sua” comunidade. Surgiu então a divisão do mundo e das pessoas por línguas, por países, por cidades, por sociedades, por clãs, por tribos, e, talvez uma das principais, por religiões. O "Deus" passou também Ele a ser dividido por nomes, por formas, por princípios, por doutrinas. Livros foram criados pela mão do Homem, todos eles contendo a Sua Palavra como sendo “a verdadeira”, como se, de alguma forma, todas as suas folhas tivessem sido colhidas miraculosamente de uma árvore com todos os seus caracteres impressos a tinta. Sim, todos eles falam da “Sua” Vontade, todos eles se referem á Bondade e á Maldade, ao Paraíso e ao Inferno. Regras nas suas linhas foram estampadas para que pudéssemos segui-las, obedecê-las, temê-las, respeitá-las mesmo sem as entender de facto. Ao longo do tempo, muito foi alterado nessas folhas que nos guiam e, mais uma vez, a “Sua Mão” de “diferentes dedos” desceu dos céus, para escrever a "Nova Vontade" em diferentes folhas de diferentes livros, proclamando novas verdades, novos castigos, recompensas…
Quanto a mim, dispenso todos eles. Respeito-os sim, e reconheço até que algumas dessas “lições” desses muitos livros possam ter o seu valor, a sua importância enquanto “ilustração” de valores morais. Aquilo que eu penso, aquilo que eu sinto, se querem mesmo que vos diga, é que, em todas as situações da Vida (e reparem que me refiro a todas), apenas um valor deve ser levado para “todo o lado”.
Falo de Amor. O Amor a nós próprios, e o Amor ao próximo. Acredito que nada mais faz falta, porque este sentimento tem várias “faces”, diferentes “ramificações”, e é demonstrado sobre várias formas…
Se todos nós seguíssemos este “simples principio”, o Mundo certamente seria mais unido, indivisível mesmo nas suas diferenças…

2 comentários:

ThreeTense disse...

Meu caro, eu já nem pedia tanto «amor» bastava o respeito!!
Beijoca

Hélder Ferrão disse...

Sim Três Tempos, e o que é o Respeito senão uma das muitas formas de Amor? Sim...para mim o Amor tem tantas, mas tantas formas...(sorrisos)
Beijinho